terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vídeo 4: Os Cinco Ensinamentos de Dawa Gyaltsen


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Vídeo 4 - A Mente é Vazio

Então, a segunda parte dos cinco ensinamentos de Dawa Gyaltsen é - Mente é Vazio –

Basicamente, a segunda linha é chamada de: a mente é vazio.

Basicamente esta é a resposta da pergunta: o que é a mente?

Porque, a primeira parte foi – Visão é Mente, então nós encontramos que Visão é a Mente, não há

nada sólido dentro dela.

A próxima pergunta é: o que é a mente?

Por isso a resposta é: A Mente é Vazio.

Isto é simplesmente uma pergunta intelectual e uma resposta intelectual.

Mas, como essa pergunta se aplica a alguém, a mim, em nossa vida?

Como essa resposta faz sentido na experiência, no nível experiencial para nós mesmos, de forma

que se torne a fundação ou causa de um novo desenvolvimento?

Isto é importante, estar consciente, saber.

Então, como exercício, como prática que isto pode ser, claro, não há maneira de fazer a segunda

parte da prática sem fazer a primeira parte da prática.

Para aqueles que não o fizeram, recomendo fortemente que o façam.

Agora, se você já fez a primeira parte, o que é por se dizer a visão da dor, visão das emoções

negativas, visão do medo, tendo essas visões internas, e dizendo: o que é isto?

E claramente percebendo que não há nada sólido ali. É apenas minha mente.

Agora, especificamente, neste momento, quando você compreende isto, você se pergunta:

- O que é minha mente?

Onde está a minha mente?

De onde ela vem?

Aonde ela está, para onde está indo?

Tem ela uma cor especifica, uma forma, uma localização, alguma consistência?

Apenas se faça essas perguntas.

Mas não faça muitas perguntas de forma intelectual, olhe internamente numa observação dos seus

sentidos.

Não pensamentos analíticos, mas como observação pelos sentidos.

Olhe com sua consciência, consciência não conceitual.

Olhe isso!

Aonde está a minha mente?

De onde ela vem?

Aonde ela fica, para onde vai?

Apenas olhe internamente, olha perto, mais perto, mais perto e mais perto ... e aí acontece a mesma

coisa.

Aquele medo, aquela dor, aquele eu... eu – o ego, se dissipa!

Um depois do outro, todos se dissipam.

Novamente, do mesmo modo que antes, como as nuvens se dissipando, se dissolvendo no céu.

Por que estas nuvens estão se dissolvendo no céu?

Porque, aqui, o sutil vento da nossa consciência interna está soprando em direção do nosso ego, em

direção daquele medo, daquela dor.

E por causa deste vento, estas nuvens internas de ego e dor estão se dissipando neste céu interno

vasto.

Gradualmente, lentamente, estão se dissipando, dissipando.

E o que você encontra?

Você encontra uma nova grande descoberta de abertura, uma nova dimensão, abertura, que você

experimenta internamente.

O que você sente?

Você sente muita liberação, liberdade, paz, e possibilidades naquele espaço.

O único meio disso acontecer é quando você aprende como observar diretamente.

Em outras palavras, como observar não-conceitualmente, sem pensamentos.

Da mesma forma que os sentidos observam.

Neste caso você está observando a mente, não a visão.

Na segunda prática, você observa a mente, não a visão.

Na primeira prática você observa a visão, não a mente.

Você observa, observa, observa... e ela se dissipa.

E então você se sente como completamente, em 100% de abertura.

Porque, na primeira prática, quando você fez, se sentiu como se a visão do medo tinha dissolvido.

Na segunda parte da prática você sentiu que o próprio medo se dissolveu. A dor, ela mesma, se

dissolveu.

Então, a habilidade de fazer isto, de novo e de novo, lhe faz sentir uma completa experiência de

abertura.

E o que você faz nesse momento?

O mesmo que antes, você repousa na abertura interna, nessa vastidão interna.

Sem elaborar nada, sem analisar, sem julgar nada, simplesmente repousa nesta interna vastidão,

onde você está sentindo uma sensação de paz sem medo e dor.

E não é só o medo e a dor, mas o medo e a dor que você está sentindo fortemente neste momento

particular de sua vida.

Este é o remédio para essa dor e esse medo.

Isto não apenas vai lhe ajudar a curar seu próprio medo e dor, isto também vai ajudar-lhe a curar a

dor coletiva, e medos coletivos, que compartilhamos com nossos membros familiares, que

compartilhamos com nossos amigos próximos, e também num sentido maior, de país.

Num sentido global de medo coletivo que temos.

Isto ajudará!

Com certeza, as pessoas imediatas com quem você tem uma ligação emocional muito próxima, vai

ajudá-los também.

Toda vez que você se sentir em abertura, isto vai afetar a todos que estão relacionados com você.

Então, a segunda parte da prática, a pergunta é : o que é a mente, e a experiência de que a mente é

vazia.

Então, em qualquer momento, qualquer momento, mente é sempre clara.

Então, apenas pense sobre isso, como última coisa, não importa o quão dolorido você esteja, não

importa o quão amedrontado você esteja, não importa o quão confuso você se sente, apenas

compreenda que, em cada momento, se você olhar diretamente para sua mente, aquelas nuvens vão

se dissolver e você vai encontrar sua paz interna, sua abertura interna.

Em qualquer momento dado, elas estão sempre lá, e você tem a porta.

Você apenas tem que olhar na direção certa, da maneira correta.