quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PARA REFLETIR NO ANO NOVO – O MEDO DA MORTE

A morte sempre nos aparece como uma figura assustadora: ela é a ceifeira de vidas, ela decompõe os corpos, ela desfaz tudo o que existia. Geralmente vista como uma caveira, vestida de negro, empunhando uma foice, essa figura horrenda não deveria nos assustar tanto.

Todo final de ano e início de um ano novo é também uma espécie de morte e renascimento. Nesse intermezzo entre dezembro e março, temos tempo para refletir no que queremos semear em nossas vidas e no que deve ser ceifado. Nem sempre “morrer” significa decompor-se.

Ás vezes é necessário morrer para o passado, por exemplo. Porém, essa situação de transição entre o que passou e o que ainda não veio muitas vezes nos atemoriza, nos apavora, e aí, nos prendemos áquilo que deveríamos largar em nossas vidas.

Dou um exemplo de “morte psíquica” ou emocional, como queiram, que aconteceu comigo, alguns anos atrás. Eu estava apaixonada por um rapaz que não correspondia aos meus sentimentos. Até o dia que entendi que não havia nada  a fazer, ele realmente NÃO me amava nem um pouco. Neste dia, fui para a praia, em busca de consolo. Lá encontrei o mar e uma lição de vida:

Observando as águas do mar, me dei conta que nossas vidas são como ondas, elas iniciam, têm um ciclo de crescimento e depois se desvanecem em espuma. Ao fitar as ondas, dei-me conta que TUDO na vida é cíclico e mutável, inclusive os relacionamentos.

Porém, as ondas viram espuma mas continuam sendo água, continuam infinitamente sua jornada Oceano adentro. Da mesma maneira nós continuamos nossa jornada Eternidade adentro, mesmo depois de nossa passagem pela Terra ter se encerrado. Nunca deixamos de pertencer ao Cosmos, nunca deixamos de estar junto á energia inteligente que tudo rege, que alguns chamam Deus, outros, Força Cósmica.

Enfim, somos parte da Criação Infinita e sempre seremos este ponto de luz no Cosmos. Ao dar-me conta disso olhando para o Oceano, entendi que precisava me libertar daquela paixão do passado e seguir adiante em direção ao futuro. Entendi que tudo na vida é transitório, inclusive o sofrimento e o amor não correspondido, e neste instante, senti uma grande libertação tomando conta de minha alma.

A Alegria tomou conta de meus poros, eu respirei aliviada e chorei de emoção ao entender que um novo ciclo se iniciava em minha vida. Agora, caro leitor, eu passo essa lição que entendi muito mais com o espírito do que com o intelecto, a você que lê este texto. Não precisamos temer a morte, pois ela é uma passagem para um novo ciclo de vida e não um corte drástico e dramático com tudo o que existe!

Na realidade, devemos deixar morrer tudo o que já não serve mais para nossas vidas: sejam sentimentos, crenças, apegos, formas de pensar o mundo e a nossa jornada nesta terra. Devemos permitir o nascimento do que existe de melhor em nós, de nossa libertação dos apegos e sofrimentos, de nosso passado.

O Ano- Novo e os meses de férias deveriam ser o espaço para renascermos em nós mesmos, para nos “parirmos” uma segunda vez. Devemos olhar para o que desejamos no futuro e como podemos soltar as amarras do passado, sejam elas emocionais ou não. Desfazer os nós que nos prendem ao sofrimento é uma tarefa árdua mas digna. Devemos buscar através da coragem de enfrentar o desconhecido, a superação das angústias passadas.

O medo não serve a nada nem a ninguém e apenas nos paralisa no tempo. Por isso é tão importante entender a morte do passado não como uma fonte de temores, mas como uma porta aberta á nossa felicidade futura. Certa vez um homem perguntou a Buda sobre como seria seu futuro. Buda respondeu: olha para o teu presente e verás o teu futuro. Por isso, não devemos temer o futuro,mas semear no presente tudo o que queremos colher adiante.

Devemos seguir a lição de Buda: viver o presente com plenitude, não nos apegarmos aos desejos, deixar que a vida se mostre transitória e entendê-la como eterno movimento, deixar-nos fluir com a vida. Eu também tive uma lição sobre budismo aquele dia em que fui á praia: era mais fácil deixar-me seguir com o fluxo das ondas do que ir de encontro ás águas e querer “pular” as ondas que batiam em meu corpo e me desestabilizavam.

A vida segue um fluxo, um movimento, devemos deixar-nos seguir nesse fluxo, sem ter desejos contrários, sem querer fazer tudo a nosso modo. Ás vezes somos ignorantes em relação a nós mesmos, ao curso de nossas vidas. Nessas horas devemos ter um pouco de humildade, saber que o Destino também faz parte de nossa história pessoal e permitir como na Bíblia que a Vontade do Pai seja feita.

Muitas vezes rezamos e dizemos: “Seja feita a Tua Vontade.” Mas não nos damos conta do que isso significa. Essa prece significa que há, além de nossos desejos pessoais, uma inteligência que não controlamos, e seguir os rumos que a vida nos traz é submeter-se a essa inteligência cósmica. Como alguém já disse e eu volto ao clichê, “nada ocorre por acaso”. Por isso, deixemos que a vida siga seu curso e libertemo-nos das amarras do passado. Aproveitemos o Ano Novo para deixar nascer em nós a coragem de sermos felizes e enterrarmos os sofrimentos que não mais condizem com o nosso presente.

Lívia Petry

29.12.09

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sobre os medos contemporâneos

A sociedade do séc. XXI poderia bem ser descrita como a sociedade do medo. Hoje em dia, temos seguranças rondando as ruas escuras da cidade, outros tomando conta das portarias dos edifícios, temos câmeras espalhadas pelos aeroportos, lojas, shoppings, ruas, até mesmo nas lotações. Não é raro vermos um adesivo com esta frase: “Sorria, você está sendo filmado.”

Do mesmo modo vivemos sentindo-nos minimamente seguros atrás de grades, muros altos, cercas elétricas. Por que toda essa parafernália? Respondo: para um maior controle da sociedade. Mas será que realmente controlamos alguma coisa? Ou apenas vivemos assombrados pelo fantasma da violência?

A verdade é que desde o final da segunda guerra mundial, nunca mais o mundo foi o mesmo. Iniciou-se a Guerra Fria e, com ela, a necessidade de controlar até o que os cidadãos pensavam, pois o mundo era dividido em ideologias.

Com o final das utopias e o início de uma nova era do capitalismo, surgiram então os conflitos inevitáveis entre países em desenvolvimento e os países desenvolvidos, entre as civilizações do ocidente e a civilização islâmica. E novamente o mundo viu-se sob a égide do Terror, da xenofobia e do medo.

Particularmente no Brasil, a situação agravou-se com a chegada do consumo de massas, a modernização industrial e o fim da ditadura militar. A violência aliada á miséria explodiu nas grandes cidades do país. E, hoje, vivemos temerosos de guiar o carro pelas sinaleiras e sermos abordados por meninos de rua ou pior, bandidos. Hoje, temos medo de sair á rua e sermos seqüestrados, estuprados, roubados.

Mas o que gera tudo isso? O motor de todos esses medos é nossa incapacidade de ver o outro como um igual, de tratá-lo com dignidade e respeito. Se os políticos brasileiros olhassem para o povo com o sentimento de que quem vive na favela é tão humano quanto quem vive num apartamento de luxo, talvez pudessem ter mais consciência e realmente criar um Estado de Bem-Estar Social para essas pessoas.

Mas o problema da violência começa nos altos escalões do governo, que ao invés de priorizarem as ações e os projetos de melhoramento da sociedade, priorizam o próprio bolso, roubando impostos, fazendo negociatas, superfaturando obras. E então, nós, cidadãos comuns, que pagamos nossos impostos todos os anos, acabamos sentindo na pele a revolta dos excluídos e o medo gerado por ela. E assim, acabamos nos barbarizando, pois toda vez que alguém nos aborda na rua para pedir uma informação, somos tomados de susto. Sentimos alívio quando descobrimos que a pessoa só queria saber o nome de tal rua ou onde pegar tal ônibus.

O medo da barbárie contemporânea gera em nós, cidadãos, uma atitude de bárbaros também. Porque tememos o contato com o outro, com uma pessoa desconhecida, com o diferente de nós. E assim, criamos barreiras invisíveis, mas que geram na maioria das pessoas um grande sentimento de solidão. Já não conversamos mais com a garçonete que nos atende na lancheria, nem com o cobrador do ônibus, nem com a senhora que senta ao nosso lado na lotação. Fechamo-nos para as relações sociais, para o contato humano. Acabamos reféns de meia dúzia de conhecidos ou amigos com quem ousamos compartilhar um pouco de nós mesmos. E para além deles, ninguém mais. E mesmo nas relações mais íntimas, muitas vezes temos medo de nos expor, de sermos criticados, de sermos vistos por inteiro. O que sucede é que acabamos ilhados em nós mesmos, sem conseguir mostrar ao outro o quanto gostamos dele, ou o quanto somos frágeis e vulneráveis, ou o quanto certas coisas nos afetam. E como é difícil viver sendo uma fortaleza fechada em si mesma!

Mas nos tempos de hoje, muitas vezes é isso o que acontece. Por medo, terminamos sozinhos com nossas angústias, nossos traumas, sem conseguir resolver nada, sem conseguir compartilhar o que realmente é importante para nós. E pior: sem conseguir tirar daí, dos nossos problemas e fraquezas, um aprendizado para a vida. Talvez essa fosse a hora de arriscarmos a nos entregar ás relações interpessoais sem tantas barreiras, sem tantos medos. Porque quando vencemos o medo de nos abrir com o outro e geramos intimidade, descobrimos que o outro também é tão frágil e vulnerável quanto nós e então podemos amá-lo e reconhecer nele nossa própria humanidade.

Contribuição de Lívia Petry.

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

As irregularidades científicas da Gripe A (H1N1)

Vejam no vídeo  abaixo a entrevista concedida por TERESA FORCADES, que é freira beneditina no monastério de Montserrat, na Catalunha (Espanha), e doutora em Saúde Pública.

Ela  faz uma reflexão sobre a história da GRIPE A, dando informações científicas e enumerando as irregularidades envolvidas no assunto.

Como cientista, longe de especulações sobre "complôs contra a humanidade", esta cientista aponta para fatos ligados à proposta de vacinação em massa contra a gripe A-H1N1 como contendo graves irregularidades cientificas, como a constatação, no uso de cobaias, que a tal vacina, antes de conter virus atenuados contra a gripe, contém virus ativos da cepa da gripe aviária, altamente mortal mas pouco contagiosa, mesclada a um virus altamente contagioso, mas pouco mortal (da gripe A-H1N1), potencializando uma combinação dos mesmos altamente mórbida.

A cientista aponta ainda para o fato de ser incompatível a dita  gripe  A ser considerada uma pandemia, devido a sua baixa mortalidade (mais baixa que a gripe comum) e que esta declaração só foi possível porque a Organização Mundial de Saúde, OMS, retirou da condição de pandemia o índice de mortalidade, usando somente o critério contágio, o que colocaria qualquer gripe nesta condição e não apenas esta.

Como o critério de pandemia obriga aos países  proceder a uma vacinação em massa (se diz oficialmente que 4,6 bilhões de vacinas estão sendo elaboradas), resta o fato que nenhum seguro cobre os riscos desta vacina, já que os fabricantes receberam imunidades que os desresponsabilizam de eventuais danos secundários (efeitos colaterais).

Assim, aconselha a freira doutora, caso seja levado a cabo este intento de vacinação obrigatória em massa, inclusive sujeita à aplicação de multas diárias de 1.000 dólares aos que se recusarem, que o cidadão exija saber que seguro o cobre dos riscos de tal vacinação, que critério científico comprovou a inocuidade do produto.

Há muito mais explicações científicas trazidas por ela importantes de se conhecer.

Por isso aconselho a leitura do texto e a vista do vídeo bem como a difusão dos mesmos a amigos . Este comunicado pode despertar mais consciências, por ser científico e neutro, mais do que todos os textos de denúncia, onde se mescla o científico ao político.

Vamos dar vazão à nossa vontade de despertar e contribuir a este despertar cósmico, que se opera agora mesmo, como no caso deste vídeo, sob os nossos olhos.

Escutem a Freira Doutora.

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Equipe Vencer o Medo

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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Encarando o tabagismo sem medo

Se você é fumante, certamente já deve ter pesquisado um pouco ou muito sobre os malefícios do cigarro à sua saúde.

Aliás, dificilmente uma pessoa que gosta de fumar seu cigarrinho está inconsciente dos efeitos dele em seu organismo. Eu mesmo, com 17 anos, já tinha lido muito sobre esse assunto.

Cheguei a fumar dois maços por dia. Mas parei aos 19, abruptamente. Mais tarde, já com mais de 25 anos, voltei a fumar, esporadicamente. Depois parei de novo. Há alguns anos, voltei de novo ao hábito, mas sempre de maneira espaçada, com dois ou três ao dia. Ás vezes um e outras vezes nenhum. E estou notando que a tendência é não passar disso.

Aproveitando que uma grande amiga minha decidiu olhar esta questão de frente, e como convivemos de maneira próxima, não tive como ficar alheio ao fato (afinal, eu comecei nessa senda por pura insegurança, e consequentemente, necessidade de auto-afirmação).

Se você tem o hábito de fumar ou isso já se transformou num vício, faça uma visita ao blog Parar de Fumar, para fazer uma meditação sobre isso, sem medo de olhar para o que lhe leva a inalar nicotina e outros elementos químicos.

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Sobre o medo de amar

Amar ás vezes exige que consideremos o outro como alguém diferente de nós mesmos, com suas idiossincrasias, seus hábitos, suas visões de mundo e maneiras de sentir a realidade muitas vezes distante do que somos e sentimos. Amar é antes de mais nada compreender o outro em sua individualidade e aceitá-lo tal como é. É saber que podemos nos desiludir com a pessoa amada, é saber que podemos ver nela defeitos que antes não víamos. O medo dessa desilusão, o medo de não sermos correspondidos e aceitos exatamente como somos é o medo de amar. Quando amamos somos vulneráveis, nos abrimos por inteiro, deixamos que o outro adentre nossas emoções e sentimentos. Mas quando o medo é o que nos domina, buscamos fazer o papel de fortes, de invulneráveis, buscamos passar essa imagem de que vamos muito bem sozinhos como estamos. Na realidade, temos medo de não encontrar no outro um porto seguro. Temos medo de nos mostrar como realmente somos, temos medo da rejeição. E esse medo vem da nossa parte sombria que nós próprios não aceitamos. Porém, no momento em que aceitamos nossos defeitos, nossas falhas, nossas fraquezas, no momento em que passamos a nos amar integralmente, esse medo desaparece. Quando deixamos de nos rejeitar, e passamos a nos ver como seres divinos num processo de evolução constante, perdemos o medo da rejeição do outro. E assim, se o outro nos aceita ou não, não tem importância, porque nós próprios nos aceitamos e nos amamos como somos. Assim, antes de amar o outro, temos de amar nossa sombra, nosso lado mais imperfeito. E saber que num relacionamento, seja ele qual for, uma amizade, um relacionamento amoroso, uma parceria profissional, estaremos sempre sendo inteiros, com qualidades e defeitos, e estaremos sendo aceitos na medida em que somos capazes de aceitar a nós mesmos e por reflexo, aos outros também. Aquele que tem tolerância consigo, tem tolerância com o próximo. Amai ao próximo como a ti mesmo, já dizia Jesus Cristo.



Lívia Petry

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sábado, 14 de novembro de 2009

Sobre medo e paranóia

A canção Paranóia, de Raul Seixas, tem uma marca importante na minha vida. A primeira vez na vida que descobri que eu não fui a única criança a ter tido medo ao ficar sozinho e nu no banheiro foi ao ouvir esta música.

E certamente pelo mesmo motivo que o Raul: um padre da minha cidade natal vivia dizendo pra todas as crianças que Deus via tudo que a gente fazia, inclusive quando a gente fazia malcriações ou coisas "indevidas" debaixo do chuveiro.

E obviamente, como todo menino que ouviu algo assim de um padre, eu ficava na culpa de ter passado bons momentos no banheiro.

Ouvir essa música do Raul me aliviou muito, pois ele pegou exatamente no ponto: a paranóia, gerada por uma culpa de estar fazendo algo que Deus não gostaria que a gente fizesse. Afinal, se não fosse pra isso, e muito mais, por que motivo Deus criaria espécies que precisam se interrelacionar para poder procriar e se multiplicar? Por que motivo criaria corpos de sexos diferentes?

Para que outras crianças também saiam da culpa pelos feitos escondidos nos banheiros do mundo, e consequentemente de outras culpas posteriores influenciadas por essa, incluo aqui esta bela canção do Raulzito. A letra está abaixo.

Abraço,

Gentil

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Paranóia
Raul Seixas


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Quando esqueço a hora de dormir
E de repente chega o amanhecer
Sinto a culpa que eu não sei de que
Pergunto o que que eu fiz?
Meu coração não diz e eu...
Eu sinto medo!
Eu sinto medo!

Se eu vejo um papel qualquer no chão
Tremo, corro e apanho pra esconder
Com medo de ter sido uma anotação que eu fiz
Que não se possa ler
E eu gosto de escrever, mas...
Mas eu sinto medo!
Eu sinto medo!

Tinha tanto medo de sair da cama à noite pro banheiro
Medo de saber que não estava ali sozinho porque sempre...
Sempre... sempre...
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu tava sempre com Deus!

Minha mãe me disse há tempo atrás
Onde você for Deus vai atrás
Deus vê sempre tudo que cê faz
Mas eu não via Deus
Achava assombração, mas...
Mas eu tinha medo!
Eu tinha medo!

Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro, com vergonha
Com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro

Para...nóia

Dedico esta canção:
Para Nóia!
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)...

Com amor e com medo...

O Mito do Phenix: Da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento

O Phenix, Da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento: movimento, referencial, identidade.

Da mesma forma que o phenix renasce de suas próprias cinzas, nossa consciência renasce da morte de nossas ilusões.
Aprender a passar por esse processo é um trabalho que exige uma profunda dinâmica de harmonização entre os sentimentos e a razão.
O mito do phenix nos traz o arquétipo universal desse processo, que nos foi legado pelos primeiros sábios da humanidade, a fim de guiar-nos em nossa busca de sentido para nossa existência, dividida entre os vários pontos de vista contraditórios que nos habitam, que vem da razão, dos sentidos, das sensações e das intuições.

A expressão morte psíquica se refere, assim, a esta sensação de morte que nos invade cada vez que entramos na dimensão de uma grande desilusão, devido à perda de uma de nossas crenças.

O nascimento do nosso pensamento é o momento em que nossa razão é capaz de refletir além da limitação do nosso medo, que é o medo fundamental de perdermos as crenças que nos servem de referencial em nossa vida.

O nascimento do nosso pensamento acontece quando sobrevivemos à desilusão que advém do desmoronamento de todas as nossas crenças, pois é quando começamos a pensar-nos além do medo que nos habita.

A partir daí, passaremos a raciocinar para além da fronteira do medo, num processo dinâmico de transformação, com a consciência sempre presente ao presente, ou seja, seguindo o movimento onipresente no universo, que é quem nos servirá de referência, em direção à consciência do todo.

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Para aprofundar a leitura sobre este assunto, leia o livro O Phenix, Da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento, do Dr. Austro Queiroz, publicado pela Madras Editora (para encontrar este livro no site da editora, digite Phenix na janela de busca; o site não fornece link direto para o livro).

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Experiência do Medo No Caminho de Volta à Inocência

O medo é um sentimento comum a todo ser encarnado, humano ou não. Entrar num corpo físico para experimentar a densidade da matéria causa medo a toda alma, que precisa perder a consciência de sua leveza e energia para se sentir no peso e escuridão da matéria.

Mas isso não é em vão. É um processo que leva a uma ampliação do conhecimento de si mesmo nesse espaço de incompreensão de si mesmo, de rejeição, de não se sentir amado, de perda de inocência, de culpa e de uma busca desesperada pelo paraíso perdido.

E tudo isso passa pela experiência de sentir medo, medo de tudo, e medo de nunca mais conseguir resgatar a própria inocência.

Por isso precisamos meditar demoradamente sobre este caminho de mergulho na inconsciência da própria inocência até vislumbrar uma luz de volta a ela, que nos foi trazida por Aquele que é chamado de “O Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”.

Ele realmente fez isso, pois Ele encarnou sem culpa, sem perda de inocência, para nos trazer a mensagem de que o caminho de volta a ela é real.

É possível resgatar nossa inocência, que imaginamos perdida para sempre num mundo que nos puxa cada vez mais para fora de nós mesmos.

Precisamos reconquistar este espaço de meditação interior, de tranquilidade, para podermos avaliar o que é realmente importante para nossas vidas.

Para aprofundar essa meditação sobre o resgate da inocência, vale a pena ler  A INOCÊNCIA FUNDAMENTAL, do Dr. Austro Queiroz.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Preciso aprender a perder o medo de só ser

Gilberto Gil é um de nossos maiores mestres, não só na área musical, mas sobretudo humana.

Gosto de ouvir e meditar sobre suas canções há muitos anos.

E achei muito interessante quando um grande amigo meu me apresentou esta música do Gil: Preciso Aprender a Só Ser.

Esta canção é uma resposta a um samba-canção que afirma o contrário: Eu Preciso Aprender a Ser Só.

E o Gil diz, que precisamos deixar nosso coração reagir e dizer esta frase profunda e filosófica: Eu preciso aprender a só ser, que é, na realidade, a única coisa que importa.

Incluo aqui um vídeo com a canção do Gil e a letra abaixo:



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Preciso aprender a só ser
Gilberto Gil

Sabe, gente
É tanta coisa pra gente saber
O que cantar, como andar, onde ir
O que dizer, o que calar, a quem querer

Sabe, gente
É tanta coisa que eu fico sem jeito
Sou eu sozinho e esse nó no peito
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder

Sabe, gente
Eu sei que no fundo o problema é só da gente
É só do coração dizer não quando a mente
Tenta nos levar pra casa do sofrer

E quando escutar um samba-canção
Assim como
Eu Preciso Aprender a Ser Só
Reagir
E ouvir
O coração responder:
"Eu preciso aprender a só ser"

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Boa meditação,

Gentil

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O medo da origem é o mal

A música Monólogo ao pé do ouvido, de Chico Science & Nação Zumbi, do disco Da Lama ao Caos, contém um verso muito interessante: o medo dá origem ao mal.

E ele está absolutamente correto, pois é pelo medo que se pratica o mal. Isto é, quando se sente medo, pois o medo é uma reação a um ataque, ou uma reação àquilo que interpretamos como ataque.

Como podemos bem imaginar, uma pessoa que está em paz não está com medo, e uma pessoa assim não vai reagir a qualquer ato com um ataque, mesmo que esteja sendo atacada. Como diz o ditado, se um não quer, dois não brigam.

Quanto ao verso citado, ao ouvirmos a música, ele soa nitidamente como o título deste artigo: o medo da origem é o mal, que também faz sentido, pois só nos rebelamos contra o universo, contra o cosmos, contra Deus, por nos sentirmos abandonados por e separados Dele, e assim ficamos com medo Dele, achando que nossos sofrimentos são causados por Deus.

É claro que cada um vai interpretar isso conforme suas próprias crenças, e conforme o que concebe o que é “deus” para si, mas no fundo, toda a raiva é contra o Criador, seja ele que nome tenha em cada religião.

E ao nos rebelarmos e nos sentirmos abandonados pelo Criador, ficamos com medo de nossa própria origem Nele.

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Para uma meditação mais aprofundada sobre este tema, recomendo a leitura do livro A CRIANÇA INTERIOR: MUDANÇA DE OITAVA NA SINFONIA CÓSMICA DO VAZIO.

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Ouçamos então a música de Chico Science & Nação Zumbi: Monólogo ao pé do ouvido:

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Modernizar o passado
É uma evolução musical
Cadê as notas que estavam aqui?
Não preciso delas
Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos

O medo dá origem ao mal
O homem coletivo sente a necessidade de lutar
O orgulho, a arrogância, a glória
Enche a imaginação de domínio

São demônios os que destroem o poder bravio da humanidade
Viva Zapata, viva Sandino, viva Zumbi, Antônio Conselheiro
E todos os panteras Negras
Lampião, sua imagem e semelhança
Eu tenho certeza, eles também cantaram um dia

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Por que temos medo de amar?

Uma vez, estava num programa de rádio, respondendo perguntas sobre o relacionamento humano, quando, por telefone, um rapaz me questionou por que temos medo de amar.

Não lembro o que respondi. Porém, minha resposta não deve ter sido muito satisfatória, visto que conhecia quase nada desses caminhos em mim, naqueles tempos idos. E fiquei devendo essa resposta ao ouvinte e a mim mesma.

Por isso a vontade de escrever sobre o tema. Por isso a vontade de compartilhar essas  reflexões.

O que conhecemos mesmo desse sentimento tão cantado em verso e prosa pelos poetas e por nós, pobres mortais? Todos arriscamos falar dele, tentando entendê-lo, compreendê-lo. Muitas vezes com a banalização de uma afirmação recorrente, “Eu te amo!”

Mas, de que amor mesmo estamos falando? Sabemos o que é o amor? Ou será que chamamos de amor o que não é mesmo amor?

Há dois mil anos atrás, recebemos uma lição de um homem considerado o Anjo do Amor.

Jesus Cristo é o nome dele.

Ele nos deu um testemunho de amor incondicional. Em troca lhe agredimos. Blasfemamos. Tudo porque tivemos medo do amor. Em momento algum ele deixou de nos amar. Ainda pediu ao Pai que perdoasse a nossa ignorância. Nada nos pediu, só nos deu. Se doou de corpo e alma, inteiramente, literalmente.

Lembro da canção religiosa “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão”.

Muito tempo se passou desde lá. E nós, já aprendemos a lição?

Os fatos nos mostram que não. Não aprendemos. Tantas guerras, tantos sofrimentos e dores, só refletem fora o desamor que vivemos dentro.

Ainda amamos sob condições, fazendo exigências, idealizando o próximo. E se ele não cabe na nossa forma, julgamos que não é merecedor do nosso amor.

Cazuza cantou uma canção que dizia assim: “para quem não sabe amar e fica esperando alguém que caiba nos seus sonhos”. Sábio Cazuza, já entendia que idealização não é expressão de amor. É fuga do amor.

É medo do amor.

Por não  nos sentirmos merecedores dele. Por ainda nos culparmos de não termos recebido o amor maior.

Há um pensamento em nós, que acredita que será assim para sempre, que não podemos mudar. Mas é um sistema de crenças e se ele já não nos serve mais, podemos criar outro sim. Só depende de nós. De um esforço próprio.

Creio que os primeiros passos dessa lição começam  na aceitação dos limites que nós mesmos nos impusemos. Aceitá-los é poder expandi-los.

Após toda essa reflexão, já posso responder ao ouvinte da rádio e a mim mesma, que o medo de amar, é o medo de Ser livre, de Ser grande. Nos acostumamos com nossa pequenez. Nos conformamos com o nosso desamor.

Nelson Mandela escreveu que nós não temos medo da nossa escuridão, nós temos medo mesmo é da nossa luz. É ela que nos assusta. Pois com ela nos tornamos poderosos e não sabemos lidar com esse poder, que não é o da terra.

Percamos então o medo de se ver no medo de amar!

Já podemos sonhar com o amor incondicional, o de verdade.

Esse já é um sonho meu!

Iramaia

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ADÃO E EVA E O PECADO ORIGINAL

-Perdendo o medo de se ver no isolamento-

Lá pelos idos da década de sessenta, investida da minha natural curiosidade infantil e já nos meus questionamentos da condição humana, creio até que precocemente, perguntei à minha professorinha de terceira série primária o que significava  o pecado original. Lembro que, muito constrangida, ela me olhou desconfiada e respondeu que quando eu crescesse eu obteria a resposta que queria.

Anos se passaram. Na adolescência, pensei que aquele constrangimento da minha professorinha se devia a ela estar se referindo as questões do sexo, que tanto nos envergonhava e que ainda hoje nos envergonha, pela repressão que sofremos e nos impomos até os dias de hoje.

Muitos mais anos se passaram e a partir de ensinamentos preciosos recebidos, comecei a compreender que o mito de Adão e Eva e sua queda ou o Pecado Original que eles nos legavam, se referia na verdade à condição alienante em que nascemos. Referia-se ao esquecimento ou estado de ignorância como chegamos aqui na terra. Com uma percepção de isolamento, de separação em relação ao Todo. Entendo que esse é o nosso primeiro pecado. Esse é o Pecado Original.

A explicação sobre o mito da expulsão do paraíso: “ganharás o pão com o suor do teu rosto”, compreendo como sendo a metáfora da perda do conhecimento da origem. Pois, encarnamos e nos tornamos seres que nos esquecemos da nossa ligação com o Princípio Criador. Sentimo-nos separados, por não lembrarmos que não nos criamos e sim fomos criados e por isso mesmo fazemos parte de um Todo Cósmico.

Tenho compreendido que para ganharmos o paraíso de volta, precisamos perder o medo de nos reconhecermos no arquétipo da separação. Precisamos perder o medo de nos reconhecermos ego, condição óbvia que nos impulsiona ao egoísmo, ao isolamento. Mas ao mesmo tempo, condição também que nos permitiu e nos permite, vivermos nossas experiências únicas. São as nossas travessias próprias, com nossos erros e acertos que nos farão reencontrar o paraíso perdido, que está dentro de nós mesmos. Nesse reencontro poderemos usufruir a paz tão sonhada (para maior entendimento desse tema, recomendo a leitura e a prática da meditação Ton Glen, postada no blog do Dr. Austro Queiroz).

Passado tantos anos daquela pergunta sem resposta, aquela criança que já se sentia culpada, em pecado, hoje, adulta, inicia os primeiros passos de uma lição onde já pode entender que o Pecado Original é se pensar estar perdido da origem. Essa criança que cresceu começa a compreender que deixamos de pecar quando aceitamos a condição humana com a qual chegamos aqui na terra. Que somente aceitando que foi necessário passar por essa ilusão, vivendo sem medo as experiências egóicas, poderemos conhecer a verdade.

Verdade essa, que nós, ainda perdidos de nós mesmos, precisamos urgentemente encarnar, acessando uma consciência que, em momento algum, estivemos ou estaremos sozinhos ou isolados.

Basta levantarmos os olhos para o céu, as estrelas sempre estiveram e estarão lá, mesmo que a gente não as veja.

Iramaia

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A ALQUIMIA DO PECADO

O Erro como Mestre do Acerto.

Ou, perdendo o medo de assumir os próprios erros.

Desde que nos entendemos por gente que nos julgamos pecadores. As culturas e as religiões há séculos reforçam esse rótulo, retro-alimentando nosso auto julgamento.

Mas, o que significa mesmo pecar? Cometer erros? Magoar a nós mesmos? Magoar os que amamos? Por que temos tanto medo de nos vermos cometendo esses pecados? Por que negamos peremptoriamente que erramos? E por que nos condenamos (e ao outro), antes mesmos de sabermos quais foram as  motivações ou caminhos que nos levaram ao erro?

Muitas perguntas povoam nossas cabeças sobre esse tema do erro ou pecado, tão presente em nossas vidas e ao mesmo tempo tão negado por todos.

É importante lembrar que a maioria de nós esquece que pecar, cometer erros, é uma condição inexoravelmente humana. O que nos faz entender a partir de uma lógica bem simples, que não aceitamos essa condição tão natural da  nossa existência.

Somos humanos, aprendizes, imperfeitos. Mas queríamos ser Deuses. Queríamos ser  perfeitos.

Não aceitamos nossos erros, nossos  auto-enganos.

Não aceitamos a nós mesmos. Não aceitamos nossa existência.

E se negar existir é o nosso maior pecado.

Investidos de nossa humanidade, possuímos uma mente dual. Tudo é dialético, conseqüentemente tudo será percebido numa condição de relatividade.

“Ser ou não ser, eis a questão”, já nos trazia para a reflexão sobre a dualidade humana, o poeta e dramaturgo inglês, Shakespeare. Cada evento ou fato conterá em si, seu contrário. Porém, de qualquer lado que se olhe, o evento sempre será ele mesmo, demonstrando sua unicidade. Ele mudará apenas de aspecto, dependendo da mente que o observa. A partir do ângulo que se olhe, algo poderá ser positivo ou negativo.

Partindo da compreensão colocada acima, podemos perceber que um pecado ou um erro também contém uma dualidade, podendo ser visto como algo negativo ou positivo, dependendo da relatividade do nosso olhar sobre ele.

Se  não aceitamos o erro e o julgamos como algo ruim, sem nos responsabilizarmos, para assim viabilizarmos uma retificação, ele passará a ser recorrente, atuando de forma negativa, nos aprisionando em padrões obsoletos e nos causando estagnação, em prejuízo ao movimento natural da vida.

Se, no entanto, o erro ou pecado, for visto à luz da consciência, for aceito como condição intrínseca à existência, se for recebido como um aprendizado, uma oportunidade de mudança de rota que nos levará a uma evolução pessoal, ele passará a ser assimilado como algo bom, positivo. E assim será alquimizado, transformado, e ganhará  status de virtude.

Nossa condição dialética humana, sempre nos colocará frente a opções na vida. Descartes  com sua máxima: “Penso, logo existo”, já nos informava sobre nossa dúvidas e contradições, nossa condição de escolhas. Exercer um olhar positivo ou negativo sobre algo ou alguém será sempre uma escolha pessoal a ser feita. E isso não é diferente para os erros ou  pecados cometidos.

Estar vivo é arriscar escolher, sem temer o erro, sem temer a imperfeição. Devemos lembrar sempre que somos aprendizes da vida e  toda experiência deverá nos servir de lição para nos responsabilizarmos por nossas escolhas no percorrer do caminho.

Sendo assim, não esqueceremos que o erro é o mestre do acerto. E somente esse mestre nos conduzirá ao caminho da perfeição.

Iramaia.

sábado, 10 de outubro de 2009

Vencendo o medo de falar em público

Caros leitores,

trago hoje duas dicas para vencer o medo de falar em público.

A primeira é praticar a RESORI, ou Respiração Original, do Dr. Austro Queiroz, publicada em seu site, logo na página inicial. Aliás, vale a pena ler todo o material que lá está, para quem deseja conhecer outras técnicas de relaxamento, como o RC (Relaxamento Cinético), por exemplo.

A segunda dica é sobre O Livro do CHI (TOHEI, 2000, Ed. Manole), do mestre Koichi Tohei. Neste livro ele ensina uma técnica simples de meditação, basicamente fundamentada na concentração em um ponto baixo do corpo, qualquer que seja a parte do corpo que estejamos focalizando, ele sempre recomenda focalizar a parte mais baixa dela.

Um exemplo de meditação é sentar, com as pernas cruzadas, e colocar a atenção num ponto abaixo do umbigo, com o objetivo tanto de esvaziar a mente ao mesmo tempo que não utilizamos uma marca física para fazê-lo. Isso precisa de um treinamento mínimo e simples. Basta ser diário.

Depois de sentar-se confortavelmente, fixe um ponto abaixo do umbigo, e simplesmente respire, observando sem nenhuma tensão como o ar entra e sai dos pulmões. Dez a vinte minutos deste exercício diariamente são excelentes para acalmar uma mente estressada.

Outra recomendação do Mestre Tohei, para ajudar no relaxamento antes de apresentações públicas, é sacudir as mãos, ao lado do corpo, em direção ao solo, para deixar a tensão sair. Enquanto você sentir que suas mãos ainda tremem, repita o exercício, e respire com o abdomen. Inspire pelo nariz e expire pela boca. Vale a pena ler O Livro do CHI (ou KI) para obter a informação completa sobre esta técnica.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Perdendo o medo de tomar uma decisão

Tomar uma decisão dá medo.

Porque nunca temos certeza absoluta dela.

Pode sempre haver um “se” nos rondando.

E se algo tão importante der errado, o que faremos?

E se a coisa desandar depois?

Qualquer pessoa pode citar inúmeros “se’s”.

De fato, o medo interfere em qualquer decisão, e sempre de maneira negativa, é claro.

Mas aí vamos precisar de algo que nos ajude depois da decisão tomada, ou jamais tomaremos decisões importantes.

E este algo é aprender a retificar com freqüência o caminho escolhido na decisão, e isso é ainda mais importante do que saber de antemão se a decisão foi absolutamente correta.

Simplesmente porque o mundo está em constante mudança, e precisamos acompanhar este movimento.

Mas como fazer isso?

***

Para saber mais, leia Perca o Medo de Decidir, do Dr. Austro Queiroz.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Superando a si próprio

Estava dando uma olhada num livrinho que adoro e que sempre releio, que é o Tao em Quadrinhos, que foi adaptado e ilustrado por Tsai Chih Chung do tradicional Tao Te Ching, obra atribuída tradicionalmente a Lao-tsé.

E me deparei com esta lição que cabe bem neste blog, que é Superando a si próprio.

Diz o texto, bem curtinho:

"Entender o bem e o mal nas outras pessoas é meramente inteligência.

Entender a própria natureza é a verdadeira iluminação.

Superar os outros é ter poder.

...

Mas superar a si próprio é ter a verdadeira força.

...

Ser feliz sem exigir muito é ser abençoado com riquezas."

***

Falando em superar a si próprio, há um material sobe auto-superação neste endereço, chamado PAS: PROGRAMA DE AUTO-SUPERAÇÃO.

Boa meditação,

Gentil.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O medo é a medida da indecisão

Esta canção, Miedo, cantada por Lenine e pela belíssima Julieta Venegas, nos traz uma grande lição sobre o medo.

Escolho o verso que dá título ao artigo como uma excelente definição de medo.

Pelo simples fato de que quando não estamos com medo não temos hesitação alguma no que decidimos fazer. Entre a decisão e a ação não cai nenhum véu, nenhuma sombra, como diria o poeta T. S. Eliot.

Por isso, se houver dúvida, ela só pode vir do medo de algo, seja o que for.

É comum termos um medo básico de nos expressarmos de maneira simples, concisa e direta, dizendo não ao que não queremos e sim ao que queremos.

Daí o medo nos dá a exata medida da indecisão.

E é preciso meditar sobre isso para sabermos porque estamos hesitando, para sair do medo.

O que não podemos é querer arrancar o medo à força, pois isso só causa mais medo ainda. É preciso ficar claro qual é o medo, medo de quê, pois medo é sempre de algo.

Isso é corroborado por outro verso desta canção: medo de olhar no fundo, isto é, medo de olhar no fundo de nós mesmos para ver o que esse medo está querendo nos mostrar.

Que coisa horrível foi que fizemos para termos um medo tão grande?

Mas, para sair do medo, é preciso perder o medo de entrar nele, perder o medo do medo de vê-lo.

Boa meditação,

Gentil

p.s. abaixo, a letra da canção, os compositores e o vídeo da interpretação do Lenine acompanhado da Julieta Venegas:
***

***



Miedo

Lenine

(Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis)

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aprendendo a vencer o medo em si mesmo

Caros leitores,

este blog tem o intuito de lançar uma competição.

Mas é uma competição diferente.

É uma prova para ver quem consegue vencer a si mesmo.

Ou seja, não competimos uns contra os outros, e sim conosco mesmos.

E por que motivo esta idéia está sendo lançada?

Pela simples razão de que a sabedoria oriental nos ensina que só temos um único inimigo, e ele é cada um de nós dentro de si mesmo.

Por isso só temos um inimigo a derrotar.

E como fazer isso?

Através das lições que aprendemos com os nossos Mestres neste caminho de busca de paz interior.

Assim, nesta senda de apaziguamento do conflito interior, este blog lança a todos os seus leitores este desafio de postar aqui o que aprenderam com seus mestres, para vermos quem tem a melhor lição de como chegar ao mais profundo de si mesmo no caminho da paz.

Sejam então bem-vindos ao blog e se sintam convidados a partilhar seu aprendizado conosco.

Que vença o melhor!

Este é o artigo de lançamento do blog Vencer o Medo.

O propósito do blog é estimular a busca pelo melhor meio ou caminho de se chegar à paz interior.

Há muitos mestres na história da humanidade que ensinam há milênios como fazer isso.

Por isso o título deste artigo é: Que vença o melhor!

Ou seja, o melhor modo de vencer o único inimigo que temos, que é nós mesmos, expressos nos nossos conflitos interiores.

Quem nos mostra a melhor maneira de resolver nossos embates mentais em busca da tão almejada paz?

Contribuam com as lições aprendidas, compartilhando-as com todos, para que possamos todos trilhar este caminho da tão sonhada paz coletiva que só pode ser alcançada através da paz individual enraizada no coração de cada um.

Aliás, lembro já uma das maiores lições do Divino Mestre Jesus:

Amai ao próximo como a ti mesmo.

Isto é, só podemos amar ao próximo se conseguimos amar a nós mesmos.

Partimos então do amor a nós mesmos, para depois amarmos aos outros.